terça-feira, 23 de março de 2010

SECRATÁRIO GERAL DA CNBB VISITA ÍNDIOS GUARANI NO MATO GROSSO DO SUL

BRASIL.
Nos dias 19 e 20 de março, o secretário Geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, acompanhou o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) em visita às comunidades Guarani Kaiowá na região de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Dom Dimas conheceu de perto a realidade das comunidades de Laranjeira Ñanderu, Pasu Piraju e Guyraroká.
No acampamento da comunidade Laranjeira Ñanderu, que está acampada à beira da estrada, dom Dimas pode ver a situação de um povo que luta para voltar para sua terra tradicional, mas que vive em total miséria e abandono, em barracos de lona preta num sol escaldante, sem água potável, dependendo de cestas básicas, pois não têm onde plantar ou caçar. “É uma situação desumana o que vimos neste acampamento. Temos que tomar medidas concretas o mais rápido possível”, afirmou o bispo. Na ocasião também estavam presentes o bispo do Xingu e presidente do Cimi, dom Erwin Krautler, e o procurador do Ministério Público Federal, Marco Antônio Delfino Neto.
Na comunidade Guyrakorá, o bispo ouviu relatos emocionados dos pais e da esposa de Rolindo Vera, professor desaparecido durante a retomada da terra tradicional do povo. Eles vieram da comunidade do Ypo’y para relatarem suas realidades. O bispo também presenciou vários relatos da violência sofrida por estes povos em várias comunidades diferentes, quando ficou claro que a questão da terra é a mais urgente. “A CNBB já enviou carta ao Lula pedindo agilidade nestas demarcações”, disse.
Em Pasu Piraju, onde os indígenas vivem confinados num espaço muito pequeno, o secretário da CNBB também ouviu Carlitos, liderança de 76 anos e que não se conforma em viver num espaço tão apertado. “Estamos aqui parecendo escravos, porque simplesmente não podemos sair daqui”, afirmou a liderança.
Com sua presença, dom Dimas também pôde deixar uma mensagem de esperança aos Guarani. “Nós vamos conseguir a vitória, não podemos perder a esperança, não podemos desanimar!”, declarou.

FONTE: CNBB

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