quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

COMISSÃO AMBIENTAL SUL REALIZA REUNIÃO NA CÚRIA DIOCESANA

Volta Redonda - RJ
A Comissão Ambiental Sul realizou, na manhã de hoje (8), uma reunião na Cúria Diocesana de Barra do Piraí Volta Redonda. O objetivo do encontro é verificar a realidade ambiental da região em função do período de alerta, que começa em dezembro e segue até março.

Segundo informações da Comissão, o Departamento de Recursos Minerais apontou que municípios como Rio Claro e Barra Mansa são pontos de risco de acidentes naturais, no âmbito geológico. Além disso, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) indicou o Sul Fluminense com uma região propícia a enchentes em função dos rios afluentes.

Segundo o presidente do sindicato dos engenheiros, João Thomaz Araújo Ferreira da Costa, o projeto piloto Brandão promove ações preventivas aos acidentes ambientais do município e de regiões próximas.
- Nosso grupo realiza monitoramentos nos afluentes do Rio Paraíba do Sul. Nosso objetivo é atuar de forma antecipada, visando à redução dos acidentes naturais. Após o término da avaliação, os resultados serão encaminhados às secretarias e órgãos responsáveis do município - disse.

Além disso, João conta que os objetivos da comissão ultrapassam os problemas em função das ocorrências registradas nessa época do ano.

- Há três anos nossas ações buscam reduzir os impactos ambientais. Durante as fortes chuvas, o resultado das ações preventivas, como redução de lixo e podas, trazem benefícios para os órgãos de segurança e para a população que registra menos prejuízos com os acidentes ambientais - explicou.

Rio Brandão

O presidente do sindicato ressalta que o Rio Brandão é o principal foco das avaliações, já que foi o causador das enchentes registradas em janeiro de 2012, na Vila Santa Cecília.

- Vamos dividir nossas equipes para percorrermos a extensão do Brandão buscando verificar a limpeza das calhas e a condição da água. Com as patrulhas ambientais vamos constatar os problemas, já que nossa comissão é composta por professores universitários da área ambiental e outros profissionais habilitados. Eles estão avaliando as metodologias e os parâmetros técnicos para a avaliação - frisou.

João completa informando que a população não pode esperar somente as ações de contingência após as ocorrências de acidentes naturais.

- Para questionarmos a atuação do poder público, precisarmos conhecer os problemas efetivos nas diferentes áreas do município. Nossas pesquisas serão encaminhas como colaboração e avaliação ao trabalho desenvolvido pelos órgãos responsáveis - apontou.

Segundo ele, os órgãos do município colaboram com as iniciativas de redução aos acidentes ambientais promovidas pela comissão ambiental.

- O Saae (Sistema Autônomo de Água e Esgoto) colaborou com o empréstimo de um laboratório para a realização das análises da água do Rio Brandão. Percebemos que o poder público acompanha nossas ações, porém vamos continuar verificando as necessidades do município e da região - concluiu.

De acordo com o professor de gestão e planejamento ambiental, Deyvison Silvestre, o poder público do município se encontra mais preparado que a população.

- Mais importante que o órgão público se encontrar preparado para enfrentar ocorrências, é a população se manter alerta durante todo o ano. As ações preventivas devem ser realizadas para que no período de alerta os acidentes sejam reduzidos - explicou.

Segundo ele, na região Sul Fluminense, os principais problemas são iniciados pelos afluentes, como o Rio Brandão, Barra Mansa e Piraí.

- No Brandão percebo que o uso e a ocupação do solo em sua extensão não são adequados na área urbana e rural. Além disso, a canalização é um fator complicador, já que a velocidade de escoamento é aumentada e em um determinado ponto essa água, após ser represada, vai resultar em enchentes - concluiu.

Fonte: Jornal Diário do Vale

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